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Propranolol

Detalhes:

Tipo:

Betabloqueador

Classe:

Antagonista dos receptores beta-adrenérgicos

Opções comerciais:

Referência:

Inderal (AstraZeneca)

Similares:

Propranolol (EMS): Comprimidos (10 mg, 40 mg)

Resumo da Medicação: Propranolol

1. O que é o Propranolol e como funciona?

O Propranolol é um medicamento da classe dos betabloqueadores (bloqueadores beta-adrenérgicos). Ele age bloqueando os receptores beta-1 e beta-2 adrenérgicos, que são ativados pela adrenalina e noradrenalina. Isso reduz a frequência cardíaca, a pressão arterial e o consumo de oxigênio pelo coração, além de diminuir a resposta ao estresse.

Por sua ampla ação, o Propranolol é usado tanto para condições cardiovasculares quanto para outras indicações, como ansiedade e enxaquecas.

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2. Indicações principais

O Propranolol é indicado para:

1. Condições cardiovasculares:

- Hipertensão arterial.

- Angina pectoris (dor no peito causada por isquemia cardíaca).

- Arritmias cardíacas (como taquicardias supraventriculares).

- Infarto do miocárdio (prevenção secundária após infarto).

- Cardiomiopatia hipertrófica.

2. Enxaquecas:

- Prevenção de crises de enxaqueca.

3. Ansiedade (especialmente ansiedade de desempenho):

- Reduz sintomas físicos, como taquicardia, tremores e sudorese.

4. Hipertireoidismo e tempestade tireoidiana:

- Controle de sintomas adrenérgicos, como taquicardia e tremores.

5. Feocromocitoma (em combinação com alfa-bloqueadores):

- Controle de sintomas antes da cirurgia.

6. Tremores essenciais:

- Redução da amplitude dos tremores.

7. Outros usos off-label:

- Síndrome de abstinência alcoólica.

- Síndrome de Marfan (para reduzir a progressão da dilatação da aorta).

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3. Efeitos colaterais comuns

Os efeitos colaterais mais comuns do Propranolol incluem:

- Fadiga e cansaço:

- Devido à diminuição da atividade cardíaca.

- Bradicardia (frequência cardíaca baixa).

- Tontura ou sensação de cabeça leve:

- Especialmente em mudanças de posição (hipotensão postural).

- Mãos e pés frios:

- Por redução do fluxo sanguíneo periférico.

- Distúrbios do sono:

- Insônia ou sonhos vívidos.

- Náusea ou desconforto gástrico.

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4. Efeitos colaterais graves (raros)

Embora raros, podem ocorrer:

- Broncoespasmo:

- Especialmente em pacientes com asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

- Insuficiência cardíaca:

- Em pacientes com função cardíaca já comprometida.

- Depressão ou alterações de humor.

- Hipoglicemia:

- Pode mascarar sintomas de hipoglicemia em diabéticos (como taquicardia).

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5. Contraindicações

O Propranolol não deve ser usado em pacientes com:

- Asma ou DPOC grave:

- Risco de broncoespasmo.

- Bradicardia severa ou bloqueio atrioventricular de segundo ou terceiro grau.

- Insuficiência cardíaca descompensada.

- Choque cardiogênico.

- Síndrome de Raynaud ou doenças vasculares periféricas graves.

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6. Posologia (doses comumente utilizadas)

- Hipertensão arterial:

- Dose inicial: 40 mg, 2 vezes ao dia.

- Dose de manutenção: 120-240 mg/dia, divididos em 2-3 tomadas.

- Angina pectoris:

- Dose inicial: 40 mg, 2-3 vezes ao dia.

- Dose de manutenção: 80-320 mg/dia.

- Prevenção de enxaquecas:

- Dose inicial: 40 mg, 2 vezes ao dia.

- Dose de manutenção: 80-160 mg/dia.

- Ansiedade de desempenho:

- 10-40 mg, 30-60 minutos antes da situação estressante.

- Tremores essenciais:

- Dose inicial: 40 mg, 2 vezes ao dia.

- Dose de manutenção: até 320 mg/dia.

Nota: As doses devem ser ajustadas conforme a resposta clínica e tolerância do paciente.

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7. Cuidados especiais

- Idosos:

- Maior risco de bradicardia e hipotensão; ajuste de dose pode ser necessário.

- Insuficiência renal ou hepática:

- Monitorar de perto, pois o metabolismo e a excreção do Propranolol podem ser comprometidos.

- Interrupção abrupta:

- Nunca interromper o uso de forma abrupta, especialmente em pacientes com doenças cardíacas, devido ao risco de efeito rebote (taquicardia, hipertensão ou angina).

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8. Interações medicamentosas

O Propranolol pode interagir com:

- Bloqueadores de cálcio (verapamil, diltiazem):

- Risco de bradicardia ou bloqueio cardíaco.

- Anti-hipertensivos:

- Efeito aditivo na redução da pressão arterial.

- Insulina e antidiabéticos orais:

- Pode mascarar sintomas de hipoglicemia (como taquicardia).

- AINEs (ibuprofeno, naproxeno):

- Podem reduzir o efeito anti-hipertensivo do Propranolol.

- Clonidina:

- A interrupção abrupta da clonidina em pacientes usando Propranolol pode causar hipertensão rebote grave.

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9. Perguntas Frequentes (FAQ)

Quanto tempo leva para fazer efeito?

- O efeito pode ser percebido em 1-2 horas após a administração oral, mas o benefício completo pode levar dias ou semanas, dependendo da condição tratada.

Pode ser usado durante a gravidez?

- O Propranolol pode ser usado na gravidez, mas somente sob orientação médica, pois pode afetar o crescimento fetal e causar bradicardia no bebê.

É seguro para crianças?

- Pode ser usado em crianças para certas condições, como arritmias ou enxaquecas, mas sob supervisão médica rigorosa.

Propranolol causa dependência?

- Não causa dependência, mas a interrupção abrupta pode levar a efeitos rebote. Portanto, a retirada deve ser gradual.

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Resumo Final

O Propranolol é um medicamento versátil, eficaz no tratamento de condições cardiovasculares, enxaquecas, ansiedade e tremores. É geralmente bem tolerado, mas deve ser usado com cautela em pacientes com asma, bradicardia ou outras condições específicas. Sempre siga a orientação médica para ajustes de dose e monitoramento de possíveis efeitos colaterais.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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