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Paroxetina

Detalhes:

Tipo:

Antidepressivo

Classe:

Inibidor seletivo da recaptação de serotonina (ISRS)

Opções comerciais:

Referência:

Aropax (GlaxoSmithKline (GSK))

Similares:

Paroxetina (EMS): Comprimidos (20 mg, 30 mg)

Paroxetina

A paroxetina é um medicamento amplamente utilizado no tratamento de transtornos mentais e emocionais, como depressão, ansiedade e outros distúrbios relacionados. É um antidepressivo que pertence à classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRSs), sendo reconhecido por sua eficácia e perfil de segurança em diversas condições psiquiátricas.

Como a Paroxetina Funciona no Corpo

A paroxetina age aumentando os níveis de serotonina no cérebro. A serotonina é um neurotransmissor que ajuda a regular o humor, o sono e o apetite. Em pessoas com depressão ou ansiedade, os níveis de serotonina podem estar baixos. A paroxetina bloqueia a reabsorção (ou recaptação) da serotonina pelas células nervosas, permitindo que ela fique disponível por mais tempo nas sinapses (os espaços entre as células nervosas), o que ajuda a melhorar o humor e reduzir os sintomas de ansiedade.

Analogia Simples: Imagine que a serotonina é como uma carta de boas notícias enviada entre células nervosas. A paroxetina impede que a carta seja recolhida cedo demais, garantindo que a mensagem seja lida e compreendida por completo.

Efeitos Colaterais Comuns e Por Que Eles Acontecem

Como qualquer medicamento, a paroxetina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem:

  • Náusea: Pode ocorrer porque o medicamento afeta os receptores de serotonina no trato gastrointestinal.

  • Boca seca: Devido à interação da paroxetina com os sistemas que controlam a produção de saliva.

  • Sonolência ou insônia: A serotonina também regula o ciclo do sono, e o ajuste nos níveis pode causar alterações temporárias.

  • Dores de cabeça: Comuns no início do tratamento, geralmente desaparecem com o uso contínuo.

  • Tontura: Ocorre porque o corpo está se ajustando ao aumento da serotonina.

  • Diminuição do desejo sexual: A serotonina pode interferir no interesse e na resposta sexual.

Efeitos mais graves (menos comuns):
  • Aumento da ansiedade no início do tratamento: Isso pode acontecer antes que o corpo se ajuste ao medicamento.

  • Síndrome serotoninérgica (muito rara): Pode ocorrer se a paroxetina for combinada com outros medicamentos que aumentam a serotonina. Os sintomas incluem agitação, confusão, sudorese excessiva e tremores.

O Que Fazer a Respeito dos Efeitos Colaterais
  • Náusea: Tome o medicamento com alimentos e evite refeições muito pesadas.

  • Boca seca: Mastigue chicletes sem açúcar ou tome pequenos goles de água regularmente.

  • Sonolência ou insônia: Tome a paroxetina no mesmo horário todos os dias. Se causar sonolência, prefira tomar à noite; se causar insônia, prefira pela manhã.

  • Dores de cabeça: Use analgésicos simples, como paracetamol, e mantenha-se hidratado.

  • Tontura: Levante-se devagar ao mudar de posição e evite dirigir até saber como o medicamento afeta você.

  • Diminuição do desejo sexual: Converse com seu médico, pois ajustes na dose ou troca de medicação podem ser necessários.

Quando procurar ajuda médica:
  • Se os efeitos colaterais forem intensos ou persistirem por mais de duas semanas.

  • Se houver sinais de síndrome serotoninérgica (febre alta, confusão, rigidez muscular).

  • Se surgirem pensamentos suicidas ou mudanças bruscas de comportamento.

Indicações e Doses Comumente Utilizadas

A paroxetina é indicada para várias condições, incluindo:

  • Depressão maior: Dose inicial de 20 mg por dia, podendo ser ajustada até 50 mg/dia.

  • Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): Dose inicial de 10-20 mg por dia, com ajuste até 40 mg/dia.

  • Transtorno de pânico: Dose inicial de 10 mg por dia, podendo ser aumentada gradualmente até 40-60 mg/dia.

  • Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC): Dose inicial de 20 mg por dia, com ajuste até 60 mg/dia.

  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT): Dose inicial de 20 mg por dia, com ajuste até 50 mg/dia.

  • Fobia social: Dose inicial de 20 mg por dia, podendo ser aumentada até 50 mg/dia.

Importante: As doses devem ser ajustadas gradualmente e sempre sob orientação médica. Nunca interrompa o uso abruptamente, pois isso pode causar sintomas de abstinência, como tontura, irritabilidade e alterações no sono.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. Posso tomar a paroxetina com alimentos?
Sim, é recomendado tomar com alimentos para reduzir o risco de náuseas.

2. O que fazer se eu esquecer uma dose?
Tome a dose esquecida assim que lembrar, mas pule-a se estiver próximo do horário da próxima dose. Nunca tome duas doses juntas.

3. Quanto tempo leva para o medicamento começar a fazer efeito?
Os efeitos podem ser sentidos em 1-2 semanas, mas o efeito completo pode levar até 4-6 semanas.

4. A paroxetina interage com outros medicamentos?
Sim, especialmente com outros antidepressivos, anticoagulantes (como varfarina) e medicamentos que afetam a serotonina (como triptanos). Informe seu médico sobre todos os medicamentos que você está tomando.

5. Posso consumir álcool enquanto tomo paroxetina?
Não é recomendado, pois o álcool pode aumentar os efeitos colaterais, como tontura e sonolência.

6. A paroxetina causa dependência?
Não causa dependência química, mas a interrupção abrupta pode levar a sintomas de abstinência. Sempre reduza a dose gradualmente, conforme orientação médica.

7. Posso usar a paroxetina durante a gravidez ou amamentação?
A paroxetina não é recomendada durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, devido ao risco de malformações fetais. Durante a amamentação, pode passar para o leite materno. Converse com seu médico para avaliar os riscos e benefícios.

Resumo Final

A paroxetina é um antidepressivo eficaz para tratar diversas condições psiquiátricas, ajudando a melhorar o humor, reduzir a ansiedade e regular o sono. Embora tenha efeitos colaterais comuns, a maioria deles é temporária e manejável. Seguir as orientações médicas é essencial para obter os melhores resultados e evitar complicações. Se tiver dúvidas ou preocupações, consulte sempre seu médico ou farmacêutico.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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