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Lamotrigina

Detalhes:

Tipo:

Anticonvulsivante

Classe:

Bloqueador de canais de sódio dependentes de voltagem

Opções comerciais:

Referência:

Lamictal (GlaxoSmithKline (GSK))

Similares:

Lamotrigina (EMS): Comprimidos (25 mg, 50 mg, 100 mg); Lamotrigina (Medley): Comprimidos (25 mg, 50 mg, 100 mg)

Resumo da Medicação: Lamotrigina

1. Como a Lamotrigina funciona no corpo

A Lamotrigina é um medicamento classificado como anticonvulsivante e estabilizador de humor. Ela age bloqueando canais de sódio nos neurônios, reduzindo a liberação excessiva de glutamato, um neurotransmissor excitatório. Isso ajuda a estabilizar a atividade elétrica no cérebro, sendo eficaz no tratamento de convulsões e na prevenção de episódios de depressão e mania em pessoas com transtorno bipolar.

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2. Indicações principais

A Lamotrigina é indicada para:

- Epilepsia:

- Tratamento de crises parciais, crises generalizadas tônico-clônicas e crises associadas à síndrome de Lennox-Gastaut.

- Transtorno bipolar:

- Prevenção de episódios depressivos e maníacos, com maior eficácia na prevenção de depressão.

- Outros usos off-label:

- Transtorno de ansiedade, dor neuropática e algumas condições psiquiátricas específicas (sob orientação médica).

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3. Efeitos colaterais comuns e por que eles acontecem

A Lamotrigina é geralmente bem tolerada, mas pode causar efeitos colaterais, especialmente no início do tratamento ou quando a dose é aumentada rapidamente. Os efeitos mais comuns incluem:

- Tontura: Devido à ação no sistema nervoso central.

- Sonolência ou insônia: Pode causar cansaço ou, em alguns casos, dificuldade para dormir.

- Dor de cabeça: Um efeito colateral comum em muitos medicamentos neurológicos.

- Náusea: Relacionada ao impacto inicial no sistema digestivo.

- Visão turva ou dupla: Pode ocorrer devido à ação nos neurotransmissores.

- Irritabilidade ou agitação: Alterações de humor podem surgir temporariamente.

Efeitos mais graves (raros):

- Reações alérgicas graves (Síndrome de Stevens-Johnson):

- Manifesta-se como erupções cutâneas graves, febre, inchaço e descamação da pele. É uma emergência médica e requer interrupção imediata do medicamento.

- Anemia ou outros problemas sanguíneos: Podem ocorrer alterações nos glóbulos vermelhos ou brancos.

- Problemas hepáticos: Como elevação de enzimas do fígado.

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4. O que fazer a respeito dos efeitos colaterais

Aqui estão algumas dicas para lidar com os efeitos colaterais:

- Tontura e sonolência: Evite dirigir ou operar máquinas até saber como o medicamento afeta você. Tome a medicação à noite, se possível.

- Náusea: Tome o medicamento com alimentos para reduzir o desconforto.

- Dor de cabeça: Analgésicos simples, como paracetamol, podem ajudar (com orientação médica).

- Erupções cutâneas: Relate imediatamente ao médico. Qualquer sinal de vermelhidão, inchaço ou coceira deve ser avaliado.

Atenção: Se surgirem sinais de reações graves, como febre, bolhas na pele ou dor intensa, procure ajuda médica imediatamente.

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5. Doses comumente utilizadas

A dose de Lamotrigina é iniciada de forma gradual para reduzir o risco de efeitos colaterais graves, como reações cutâneas. Exemplos de doses incluem:

- Epilepsia:

- Dose inicial: 25 mg por dia durante 2 semanas, aumentando gradualmente.

- Dose de manutenção: Geralmente entre 100 e 400 mg por dia, dividida em 1 ou 2 tomadas.

- Transtorno bipolar:

- Dose inicial: 25 mg por dia durante 2 semanas, aumentando gradualmente.

- Dose de manutenção: 100 a 200 mg por dia (em alguns casos, até 400 mg).

Importante: A dose deve ser ajustada pelo médico, especialmente se o paciente estiver usando outros medicamentos, como valproato (que aumenta os níveis de Lamotrigina no sangue) ou carbamazepina (que reduz os níveis).

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6. Perguntas Frequentes (FAQ)

Quanto tempo leva para a Lamotrigina fazer efeito?

- Para epilepsia, os efeitos podem ser percebidos em algumas semanas após atingir a dose terapêutica.

- Para transtorno bipolar, pode levar semanas a meses para prevenir episódios de humor.

A Lamotrigina causa dependência?

Não, a Lamotrigina não causa dependência química. No entanto, a interrupção abrupta pode causar convulsões ou piora dos sintomas, por isso deve ser descontinuada gradualmente.

O que fazer se eu esquecer uma dose?

Tome a dose esquecida assim que lembrar, a menos que esteja próximo do horário da próxima dose. Nunca tome uma dose dupla. Se ficar sem tomar por vários dias, informe ao médico, pois pode ser necessário reiniciar a titulação.

É seguro usar Lamotrigina durante a gravidez?

O uso durante a gravidez deve ser avaliado pelo médico. Embora seja considerado relativamente seguro, há um pequeno risco de malformações fetais. A decisão deve ser baseada no equilíbrio entre os benefícios e os riscos.

Pode ser usada em crianças?

Sim, é aprovada para uso em crianças com epilepsia e, em alguns casos, transtorno bipolar. A dose deve ser ajustada conforme a idade e o peso.

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7. Cuidados Especiais

- Evite interrupção abrupta: A suspensão repentina pode causar convulsões ou piora dos sintomas. Sempre reduza a dose gradualmente, sob orientação médica.

- Monitoramento médico: O médico pode solicitar exames regulares para avaliar a função hepática e descartar reações adversas graves.

- Interações medicamentosas: Informe ao médico sobre todos os medicamentos que você está usando, especialmente anticonvulsivantes, anticoncepcionais hormonais e antidepressivos.

- Contracepção: Anticoncepcionais hormonais podem reduzir a eficácia da Lamotrigina, e a Lamotrigina pode alterar os níveis hormonais. Considere métodos contraceptivos alternativos.

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Resumo Final

A Lamotrigina é um medicamento eficaz para epilepsia e transtorno bipolar, com boa tolerabilidade na maioria dos pacientes. No entanto, a introdução gradual e o monitoramento cuidadoso são essenciais para evitar reações adversas graves, como erupções cutâneas. Siga rigorosamente as orientações médicas, informe qualquer sintoma incomum e nunca interrompa o tratamento sem supervisão.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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