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Haloperidol

Detalhes:

Tipo:

Antipsicótico

Classe:

Antagonista dos receptores de dopamina (D2)

Opções comerciais:

Referência:

Haldol (Janssen-Cilag)

Similares:

Haloperidol Teuto (Teuto); Haloperidol EMS (EMS)

Resumo da Medicação: Haloperidol

1. Como o Haloperidol funciona no corpo

O Haloperidol é um antipsicótico típico (de primeira geração) que age bloqueando os receptores de dopamina (D2) no cérebro. A dopamina é um neurotransmissor envolvido no controle do humor, comportamento e movimento. Ao reduzir a atividade excessiva da dopamina, o Haloperidol ajuda a controlar sintomas psicóticos, como delírios e alucinações, além de tratar condições que envolvem agitação e movimentos anormais.

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2. Indicações principais

O Haloperidol é indicado para tratar:

- Transtornos psicóticos:

- Esquizofrenia.

- Transtorno delirante.

- Episódios de mania em transtorno bipolar (como controle de curto prazo).

- Agitação psicomotora: Em quadros de agressividade ou agitação intensa.

- Delirium: Em alguns casos, para controlar sintomas graves de confusão e agitação.

- Síndrome de Tourette: Controle de tiques motores e vocais.

- Coreia de Huntington: Redução de movimentos involuntários.

- Náuseas e vômitos graves: Em situações específicas, como pacientes em cuidados paliativos.

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3. Efeitos colaterais comuns e por que eles acontecem

O Haloperidol pode causar efeitos colaterais devido à sua ação nos receptores de dopamina e outros sistemas no cérebro. Os mais comuns incluem:

- Efeitos extrapiramidais:

- Rigidez muscular, tremores, movimentos lentos (parkinsonismo).

- Distonia (espasmos musculares involuntários).

- Acatisia (sensação de inquietação e necessidade de se mover constantemente).

- Sonolência: Relacionada ao efeito sedativo.

- Boca seca: Redução na produção de saliva.

- Tontura: Decorre da queda na pressão arterial (hipotensão ortostática).

- Ganho de peso: Pode ocorrer devido a alterações no metabolismo ou aumento do apetite.

- Constipação: Relacionada à redução da motilidade intestinal.

Efeitos mais graves (raros):

- Discinesia tardia: Movimentos involuntários e repetitivos, especialmente na face e língua, que podem ser irreversíveis.

- Síndrome neuroléptica maligna: Condição rara, mas grave, caracterizada por febre alta, rigidez muscular extrema, confusão e instabilidade autonômica (pressão alta ou baixa, taquicardia, etc.).

- Prolongamento do intervalo QT: Alteração no ritmo cardíaco, que pode levar a arritmias graves.

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4. O que fazer a respeito dos efeitos colaterais

Aqui estão algumas medidas para lidar com os efeitos colaterais:

- Efeitos extrapiramidais: Informe o médico. Ele pode prescrever medicamentos anticolinérgicos (como biperideno) para aliviar esses sintomas.

- Sonolência: Evite dirigir ou operar máquinas. Ajuste os horários da medicação, se possível, para tomar à noite.

- Boca seca: Beba água regularmente, masque chicletes sem açúcar ou use substitutos de saliva.

- Tontura: Levante-se devagar ao mudar de posição.

- Ganho de peso: Monitore a dieta e mantenha-se fisicamente ativo.

- Movimentos involuntários: Relate imediatamente ao médico se notar movimentos anormais, como caretas ou movimentos repetitivos.

Atenção: Procure ajuda médica imediatamente se apresentar febre alta, rigidez muscular extrema, confusão ou batimentos cardíacos irregulares.

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5. Doses comumente utilizadas

As doses de Haloperidol variam conforme a condição tratada, a gravidade dos sintomas e a resposta individual. Exemplos de doses incluem:

- Esquizofrenia e transtornos psicóticos:

- Dose inicial: 1 a 5 mg, 2 a 3 vezes ao dia.

- Dose máxima: 20 mg por dia (em casos graves).

- Agitação psicomotora:

- Dose inicial: 2 a 10 mg, administrada por via oral ou intramuscular.

- Repetir a dose, se necessário, a cada 4 a 6 horas.

- Síndrome de Tourette:

- Dose inicial: 0,5 a 2 mg por dia, ajustada conforme necessário.

- Náuseas e vômitos graves:

- Dose: 1 a 2 mg por via oral ou intramuscular, conforme orientação médica.

Importante: A dose deve ser ajustada pelo médico e nunca interrompida abruptamente, para evitar sintomas de abstinência ou piora dos sintomas.

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6. Perguntas Frequentes (FAQ)

Quanto tempo leva para o Haloperidol fazer efeito?

Os efeitos sedativos podem ser percebidos em 30 a 60 minutos após a administração. Para sintomas psicóticos, pode levar vários dias a semanas para obter o benefício completo.

O Haloperidol causa dependência?

Não, o Haloperidol não causa dependência química. No entanto, a interrupção abrupta pode causar sintomas de abstinência, como agitação, insônia e náuseas.

O que fazer se eu esquecer uma dose?

Tome a dose esquecida assim que lembrar. Se estiver próximo do horário da próxima dose, pule a dose esquecida. Nunca tome uma dose dupla.

É seguro usar Haloperidol durante a gravidez?

O uso deve ser avaliado caso a caso. Pode haver riscos para o feto, especialmente no terceiro trimestre, mas o médico deve pesar os benefícios e riscos para a mãe e o bebê.

Pode ser usado em idosos?

Sim, mas com cautela. Idosos são mais suscetíveis a efeitos colaterais, como sonolência, tontura, rigidez muscular e alterações cardíacas.

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7. Cuidados Especiais

- Evite álcool: O consumo de álcool pode aumentar os efeitos sedativos e o risco de tontura.

- Monitoramento médico: O médico pode solicitar exames regulares para monitorar a função cardíaca (ECG) e ajustar a dose conforme necessário.

- Interações medicamentosas: Informe seu médico sobre todos os medicamentos que está usando, especialmente outros antipsicóticos, antidepressivos, sedativos ou medicamentos que prolongam o intervalo QT.

- Atenção ao início do tratamento: Pacientes jovens ou com histórico de convulsões devem ser monitorados quanto ao risco de efeitos adversos.

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Resumo Final

O Haloperidol é um antipsicótico eficaz no tratamento de transtornos psicóticos, agitação e outras condições neurológicas. Embora geralmente eficaz, pode causar efeitos colaterais, especialmente relacionados ao sistema motor e ao coração. É essencial seguir as orientações médicas, relatar qualquer sintoma incomum ou grave e nunca interromper o tratamento sem supervisão médica.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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