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Aripiprazol

Detalhes:

Tipo:

Antipsicótico

Classe:

Agonista parcial de dopamina

Opções comerciais:

Referência:

Abilify (Bristol-Myers Squibb / Otsuka)

Similares:

Aristab (Torrent): Comprimidos (10 mg, 15 mg, 20 mg); Aripiprazol (Medley): Comprimidos (10 mg, 15 mg); Ariprazol (EMS): Comprimidos (10 mg, 15 mg, 20 mg, 30 mg)

Resumo da Medicação: Aripiprazol

1. Como o Aripiprazol funciona no corpo


O Aripiprazol é um medicamento antipsicótico atípico usado para tratar transtornos mentais, como esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão (como terapia complementar) e irritabilidade associada ao autismo. Ele age no cérebro regulando os níveis de dois neurotransmissores importantes: dopamina e serotonina. Pense na dopamina como um "controle remoto" que regula comportamentos, emoções e pensamentos. Quando há excesso ou falta de dopamina, podem surgir sintomas como alucinações, delírios ou alterações de humor. O Aripiprazol atua como um "equilibrador", ajustando a atividade desses neurotransmissores para manter o funcionamento cerebral mais estável.

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2. Efeitos colaterais comuns e por que eles acontecem


Como qualquer medicamento, o Aripiprazol pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem:

- Sonolência ou insônia: Pode ocorrer porque o medicamento afeta o sistema nervoso, alterando os padrões de sono.

- Dor de cabeça: Decorre de mudanças nos níveis de dopamina e serotonina no cérebro.

- Tontura: Pode ser causada pela queda da pressão arterial ao se levantar (hipotensão postural).

- Náusea ou vômito: Isso ocorre porque o Aripiprazol pode afetar o trato gastrointestinal.

- Agitação ou inquietação: Em algumas pessoas, o medicamento pode causar um aumento da energia ou dificuldade em ficar parado (acatisia).

- Aumento de peso: Embora menos comum do que em outros antipsicóticos, pode ocorrer devido a alterações no apetite.

Efeitos mais graves (raros):

- Movimentos involuntários ou descontrolados (sintomas extrapiramidais).

- Alterações nos batimentos cardíacos.

- Febre alta, rigidez muscular e confusão (sintomas da síndrome neuroléptica maligna, uma condição muito rara, mas grave).

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3. O que fazer a respeito dos efeitos colaterais


Aqui estão algumas dicas práticas para lidar com os efeitos colaterais:

- Sonolência ou insônia: Ajuste o horário da medicação (de manhã ou à noite, conforme orientação médica) para minimizar o impacto no sono.

- Tontura: Levante-se lentamente ao mudar de posição para evitar quedas.

- Náusea: Tome o medicamento com alimentos ou um copo de leite para reduzir o desconforto estomacal.

- Agitação ou inquietação: Informe seu médico, pois pode ser necessário ajustar a dose ou mudar o horário da medicação.

- Aumento de peso: Adote uma dieta equilibrada e pratique exercícios físicos regularmente.

Atenção: Se você notar movimentos involuntários, febre alta ou rigidez muscular, procure ajuda médica imediatamente.

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4. Indicações e doses comumente utilizadas


O Aripiprazol é indicado para:

- Esquizofrenia: Ajuda a reduzir sintomas como alucinações, delírios e pensamentos desorganizados.

- Transtorno bipolar: É usado para tratar episódios de mania ou depressão e prevenir recaídas.

- Depressão: Como terapia complementar quando antidepressivos isolados não são eficazes.

- Irritabilidade associada ao autismo: Reduz comportamentos agressivos ou explosivos.

Doses comuns:

- Para esquizofrenia e transtorno bipolar, a dose inicial geralmente é de 10 a 15 mg por dia, podendo ser ajustada até 30 mg por dia.

- Para depressão (como terapia complementar), doses menores, como 2 a 5 mg por dia, são usadas inicialmente.

- Em crianças com irritabilidade associada ao autismo, as doses variam de 2 a 15 mg por dia, dependendo do peso e da resposta ao tratamento.

Importante: A dose deve ser ajustada individualmente pelo médico, e o medicamento deve ser tomado regularmente, no mesmo horário todos os dias.

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5. Perguntas Frequentes (FAQ)


Posso tomar Aripiprazol com alimentos?

Sim, ele pode ser tomado com ou sem alimentos. Tomar com comida pode ajudar a reduzir náuseas.

O que fazer se eu esquecer uma dose?

Tome a dose esquecida assim que lembrar. Se estiver próximo do horário da próxima dose, pule a dose esquecida. Não tome duas doses ao mesmo tempo.

Este medicamento interage com outros?

Sim, o Aripiprazol pode interagir com:

- Antidepressivos e outros antipsicóticos.

- Medicamentos para pressão alta, que podem aumentar o risco de tontura.

- Álcool, que pode intensificar a sonolência.

Informe seu médico sobre todos os medicamentos e suplementos que você está tomando.

Quanto tempo leva para fazer efeito?

Os benefícios podem começar a ser notados em 1 a 2 semanas, mas o efeito completo pode levar várias semanas, especialmente para sintomas graves.

É seguro usar o Aripiprazol por longo prazo?

Sim, ele é frequentemente usado por longos períodos para prevenir recaídas em condições como esquizofrenia e transtorno bipolar. No entanto, o uso prolongado exige acompanhamento regular para monitorar possíveis efeitos colaterais.

Crianças ou idosos podem usar Aripiprazol?

Sim, ele é aprovado para uso em crianças (especialmente para irritabilidade no autismo) e idosos. No entanto, as doses devem ser ajustadas, e o acompanhamento médico é essencial, especialmente em idosos, devido ao risco maior de tontura e quedas.

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Resumo Final


O Aripiprazol é um medicamento eficaz para tratar transtornos mentais como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão resistente. Ele ajuda a equilibrar os neurotransmissores no cérebro, promovendo estabilidade emocional e cognitiva. Apesar de causar alguns efeitos colaterais, como tontura e agitação, a maioria pode ser gerenciada com ajustes simples. É importante seguir as orientações médicas, tomar a medicação regularmente e relatar qualquer sintoma incomum. Se você tiver dúvidas ou preocupações, procure seu médico.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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